terça-feira, 30 de setembro de 2008

Desafiando Shakespeare

Ser ou nao ser, eu nao sei.
Sei que cegamente sou o que quero ou nao ser.
Ser seria saber,
Nao ser seria morrer.
Sou e nao sou; prefiro viver.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Se as pedras do arpoador falassem...


Se essas pedras falassem
Se contassem cada vez que eu as pisei e os motivos pelos quais eu o fiz
As vezes que ajoelhei e por alguem eu chorei
E tudo que eu ja lhes falei, mesmo sabendo que nao ouviriam,
Os dias em vao em que sua dura pele me acolheu
As queimaduras de cigarro que nao foram poucas...
Se essas pedras falssem,
Contariam os dias em que sonhei sem poder ter o mundo de fora
Os amores que subiram e um dia desceram
As cinzas que eu joguei la de cima, pra que fossem levadas pelo mar.
Contaria das comedias ultrajantes,
Dos suspiros ofegantes, Dos beijos e amantes,
Contaria historias errantes e eu teria que tomar alguns calmantes.
Se essas pedras falassem,
Ja teria perdido a conta de quantos sois eu vi descer,
Quantas luas eu vi nascer,
Quanta chuva ja pegamos juntas
Nos dias em compania ou de solidao.
Relataria alguns fins e recomecos,
Um violao, voz e isqueiros,
Tensao e paz, medo e receios
Relembrariam tudo que ja vi e senti la em cima.
Se essas pedras falassem,
Com certeza saberiam minha vida de ponta a cabeca
Seriam meu diario, meu refugio,
Me lembrariam de dias que eu preferia esquecer
E nao me fariam esquecer dos dias que eu teimo em lembrar.
Se essas pedras falassem,
Eu realmente estaria fodida.

domingo, 28 de setembro de 2008

O segredo das rosas vermelhas




Andando por entre um jardim cheio de flores, senti de longe, mesmo misturado com todos aqueles aromas, o cheiro hipinotizante daquelas rosas vermelhas. Desde pequena, me encanto com elas. Quando vou meditar, sempre tenho no bolso, na mao ou em algum lugar, uma petala de rosa. Se me perguntassem o que eu gostaria de ser se nao fosse eu mesma, eu responderia que seria uma rosa vermelha.
As rosas sao misteriosas, as vezes reveladoras. Sao as flores mais bonitas na minha opiniao, e seus espinhos so as fazem ficar mais misteriosas, mais instigantes. Como uma coisa tao bonita, pode ter tantos espinhos e ser, ao mesmo tempo, linda e perigosa? E as vezes as rosas sedem sua protecao, para fazer um simples agrado, para completar um simples gesto humano. Um gesto de amor. O que me chama muita atencao e que, o simbolo de um coracao ja perdeu lugar para a rosa vermelha, quando se fala em amor. Para presentear alguem que voce ama, uma rosa seria perfeita, como se voce colocasse em uma flor, todas as qualidades de sua amada. As rosas exalam vida!
Acredito que as rosas, que transbordam sangue vivo, guardem dentro de si, milhoes de segredos que as vezes escapam por suas raizes, mas nunca a deixam. E talvez seja por isso que me identifico tanto com as rosas vermelhas, talvez por parecer com elas e as vezes machucar as pessoas que se aproximam muito de mim. As vezes acabo deixando uma marca em alguem, de algo doloroso que fiz sem querer, como se ele tivesse esbarrado em um jarro de rosas vermelhas e para nao as deixar cair, segurou-as forte com a mao e acabou se cortando... O que eh eu nao sei, so sei que nunca descobriremos o segredo das rosas vermelhas.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Meu medo é minha arte

Escrevo por que gosto, Vivo por que escrevo.
Nao aguentaria o peso do meu pensamento preso apenas na minha cabeça, por isso escrevo.
Nao aguentaria a dor e os sentimentos presos no meu corpo, por isso escrevo.
Nao me restaria espaço, se tudo que eu imagino, ficasse apenas na imaginaçao, por isso escrevo.
Escrevo por ter vontade de viver, e por ter medo de perder. Escrevo pra nao ficar louca, nao me sentir presa. Escrevo pro universo dentro de mim, pra exercitar a caneta, a borracha e o papel.
Escrevo ate por o medo do escuro, de palhaços ou de vultos.
Escrevo por voce, por mim, pra nós. Escrevo o que tenho vontade, sem compromisso ou obrigaçao, sem critica ou aprovaçao, sem destino ou razao. Simplesmente me mantem viva.
Nao precisaria de mais nada com papel e lapis na mao, por isso escrevo.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Nando e seu mantra, inspiracao de reis.

Quando você nao tiver mais nada, nem estrada nem chão,
ou algo que te proteja, seu coração despertará.
Quando tiver tudo em suas mãos,
Ouro, prata e muros, Sua conciencia pesará e enfim adormecará de tão pesada, tão cansada
e quando acordar estará no mesmo lugar,
Na mesma casa, no mesmo jardim, no mesmo planeta.
Quando não se tem nada, não se perde nada. Pode ser o que for, você estará livre do medo.
Quando voce acabou com tudo, até sua alma, forma e conteúdo,
Voce conseguira dar amor. Receberá da luz a visão, do escuro tensão,
Das lágrimas sal, de você imensidão. Do sol o brilho, do vento espiral, da morte seu dia final.
Quando não tiver chão nem estrada, seu coração acordará.

domingo, 21 de setembro de 2008

As vezes é preciso saber ser louco!

Escolhi a vida como meu plano de sonhos. A partir daí, ja me acho insana. Não tenho uma definição certa para tal palavra, a ponto de poder definir outro ser humano além de mim mesma. Digo definir, não generalizando.
As vezes penso que estou dormindo e que toda a minha vida, não passa de um simples sonho vindo de correntes subconcientes. Talvez eu esteja agora deitada em uma cama de hospital em coma, recebendo visitas dessas tais pessoas que constituem minha ´vida real´. Talvez eu esteja criando em mim, um envoltório de dependência, do qual necessito para manter-me viva de algum jeito. Tirando a inormalidade dessa situação e seus padrões de alucinação, fora os olhos tortos e a boca seca, tá tudo bem pra mim.
Limito-me ao confortável. Sempre que posso, conforto-me severamente em algum espaço neutro dentro da minha mente. É loucura! Você nao deve fazer idéia de como é estar neutra dentro de você mesma. É como não ter saídas ou alternativas. É como ter rendomas de vidro te envolvendo e estar nua no meio disso tudo, com medo de quebrar o vidro pra saír e se rasgar.
É preciso as vezes soltar sua raiva em público, para que absorvam um pouco de você. Gritar, eu diria. Gritar até ficar sem voz! Jogando tudo pra fora, seja lá o que isso for: voz, vômito ou o coração.
Além de se manter intacto, tente se manter inteiro. Além de se manter inteiro, tente se manter vivo, nem que precise de outras substancias pra isso. Se tal coisa conseguir, nao leve como uma loucura e sim, como uma vitoria. Seila. Loucura seria nao morrer de amor, nao sofrer pela dor da perda ou da saudade. Por outro lado, isso tudo e uma completa loucura.
Estamos andando nos padrões da normalidade, passo a passo. Julgamos os loucos insanos, mas se fosse assim, seriamos todos insanos, o que, pessoalmente, seria muito mais interessante. Eu nao sei onde quero chegar e nao sei mais o que e normal. Mas como Sócrates já disse: As vezes é preciso saber ser louco!

sábado, 20 de setembro de 2008

Oi, tudo bem?

Oi! Tudo bem?
Tudo bem...
Fora o tédio que me consome todas 24 horas por dia!
Fora a decepção de ontem, a decepção de hoje e a
desperança crônica do amanhã!
Tenho vontade de chorar, raiva de não poder!
Quero gritar até ficar rouco, quero gritar até ficar
louco!
Isso sem contar a ânsia de vômito, reação a tal
pergunta idiota!
Fora tudo isso... tudo bem!

(Garotos Podres)

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Tomando um chopp com Bush e Napoleão

Bela aula de hisória, uma das raras matérias em que eu me esforço pra prestar atenção na escola, não só por causa da matéria, mas também por causa do professor que é muito, digamos assim, experimental (como diria a Sabrina). Enfim, estudando a Revolução Francesa, chegou em um ponto em que falamos de Napoleão. Pra quê? Foi um banho de rosas pra minha super e fértil imaginação:

Tudo começou quando conheci Bush numa festa punk, daquelas onde tem rodinhas gigantescas e as pessoas morrem perfuradas pelos moicanos gigantes e pontudos dos punks. Tinham tantos punks sexys que acabou que nenhum me interessou... era tudo tão igual! Quando então, eu decidi sentar pra beber minha cachaça e cheirar minha carreirinha. Eu me lembro bem, estava tocando Sex Pistols e eu estava muito bem, balançando meus cabelos no rítimo daquela música vibrante. Lembro-me de ter perdido meu dinheiro e do cara do bar ter se recusado a me dar mais uma dose de graca.. eu tirei minha blusa, mas o cara não sedeu, fazendo eu chegar à conclusão de que ele era gay. Enfim, fiz um escândalo... Quando derrepente sinto alguém passando a mão na minha perna. Como eu não sou vagabunda nem nada, virei para ver quem era, sem antes dar um belo chute em seu nariz. Quando eu ví aquele senhor de idade, de terno, não deu outra. Além de me pagar mais 4 doses, ele ainda fortaleceu meu pó. Depois de transarmos loucamente, me apaixonei por ele. Ele me levou pra casa dele: Era um casarão branco, parecia um palácio. A cama era do tamanho do meu quarto e tinha champanhe em cada esquina... Vários seguranças muito gatos, mas eu só tinha olhos para o meu Bush que, mais tarde, se tornaria meu noivo. Depois de ter contratado um dos meus amigos (o killer punk) para matar a mulher dele com seu poderoso moicano e seus spikes, nós nos assumimos à emprensa, oq ue foi notícia por muito tempo, até enventarem a tal briga babaca com o Iraque. Eu não entendia qual era o problema de Bush! A gente não transava mais, ele não tinha mais tempo pra mim e esquecia de comprar meu pó e minha bebida. Quando fui perguntar o que havia acontecido, ele me disse: Me desculpe, mas estou muito envolvido nisso, ´estamos´ no Iraque procurando armamentos mas eles escondem muito bem!
Pe-ra-í! você disse ESTAMOS? Quem está no Iraque são os seus capengas.. você é uma bicha frustrada que tem medo de enfrentar de frente e com as suas proprias maos, por isso manda outros o fazerem por você. Quer saber? está tudo acabado - eu disse à ele com um ar de ´amanhã eu volto´, por isso acho que ele não ligou muito.
Saí de casa. Era noite de sabado e estava chovendo. Coincidentemente era dia do Punk fest,onde eu conheci Bush. Não pensei duas vezes e, quando percebi, estava dando papo para um baixinho de 1 metro e meio que me pagou cachaca e me forneceu maconha. Não era muito do meu interesse, mas até que ele era simpático. Perguntei seu nome:
Napoleão- disse ele, orgulhoso.
Não deu outra, acordei ao lado dele numa cama confortável.. Nâo lembrava muito bem do que havia acontecido, mas fazia idéia. Olhei para ver se era grande e me assustei com ´a resposta´. Ele então teve que ir pra uma guerra no passado: entrou em sua máquina do tempo, subiu em seu cavalo e, corajosamente estava na frente de seus guerreiros quando o ouvi gritar: " Se eu for na frente, que me sigam; Se eu recuar, que me matem!" Aquilo foi tão sexy que me encheu de Tesão e entao eu decidi que ficaria com Napoleão. Decidi então abrir o jogo ao Bush, convidando-o para tomar um chopp comigo e meu novo namorado. Quando chegamos no bar, adivinhem só: Bush tinha sido deposto e Napoleão foi castrado.... Foi o fim pra mim!
Até hoje tenho o pênis de napoleão conservado em minha estante e a língua de Bush, para... para... Ah, não importa.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Sobre contentar-se, literalmente.

Contentação. O sentimento que eu menos queria sentir, como em um passe de magica, tomou conta do meu corpo. Não sei bem certo se o coração ou a razão, só sei que me contentei. Me contentei em chegar e ver ele me ignorando, mesmo sem querer, seja por orgulho ou puro medo. Me contentei a não deixar meu orghulho transparecer por completo para que eu não torne tudo irreversível. Me contentei em ver sua foto presa na minha porta e me negar a ter qualquer tipo de reação, mesmo que as lágrimas continuem insistindo em molhar meu rosto. Me contentei em respirar o mesmo ar que ele, em estar nos mesmos lugares que ele e mesmo assim conseguir sorrir sem ele. Me contentei em passar meu tempo tentando tirar ele da minha cabeça sem sucesso. Me contentei em pensar que ainda é verdade, mas que ele precisa mesmo de um tempo pra ele. Me contentei em pensar que ele não quer me machucar, mesmo que com isso, ele esteja me matando. Me contentei em pensar que tudo vai se resolver, por bem ou por mal, um dia nós dois vamos perceber que precisamos um do outro. Me contentei em calar minhas dores e enterrar minhas mágoas, por que afinal, dele eu guardo muitas lembranças boas. Me contento em pensar que ele pensa em mim, mesmo sem as vezes acreditar, não nele, mas em mim mesma. Me contento em respirar e tentar ficar bem a cada ´flash´ dele na minha cabeça, por que afinal, eu penso que se ele não estivesse aqui, mesmo estando um pouco longe, eu estaria acabada. Literalmente. Mas afinal, as pessoas são apenas pessoas e é por isso que elas erram tanto.

sábado, 13 de setembro de 2008

C17H21O4N

Nao sinto nada. Nao quero nada. Nao penso em nada. Nao faco nada.

Nao vejo nada. Nao ganho nada. Nao sonho com nada. Nao vivo nada.

Nao perco nada. Nao tenho dores. Nao tenho raiva. Nao tenho nada.

Nao sinto mal. Nao sinto a boca. Nao va embora. Nao quero nada.

Nada. Nada, Nao sou nada. ..,.,.. _____________________

domingo, 7 de setembro de 2008

O equilíbrio de um sábio

Busco o equilíbrio, pois acredito que nele encontrarei o que eu quiser encontrar. Acredito que sábios, sejam aqueles que conseguem manter-se em equilíbrio sempre, em qualquer situação. Acredito também que, para isso, é preciso que sua mente esteja sempre acompanhando seu corpo; Sua mente tem que sempre estar onde seu corpo estiver. Sendo assim, não terá esperanças, ou medo... Não terá desejos, ou raiva... Não terá ódio, pretenção... Se tem muito, seja dinheiro ou qualquer coisa contável, não viverá a vida com medo de perder tudo ou de ganhar mais. Você simplesmente viverá apenas para o presente, aproveitando cada milésimo de segundo, pensando somente no agora. Você não viverá para o futuro, não entregará sua vida para o futuro. Seu corpo e sua mente, estando sempre no mesmo lugar, te proporcionarão um equilíbrio que curará suas dores, e te fará saber viver como sábio, no agora e não no depois. Você conseguirá controlar sua mente, estando em sintonia com você mesmo, o tempo todo.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008


A lucidez é o grande enigma do homem.