domingo, 19 de julho de 2009

CENSURADOS

Censurava basicas mentiras que me eram inspiradoras e pareciam tentadoras. Censurava a mim mesma por expressar minhas verdades. Intimamente censurava ao corpo, que queimando e ardendo estendia-se sobre qualquer plano que chamassem de vida real. Censurava cada proibicao e mesmo assim a censura nao censurava a propria. No final de tudo, tudo um pouco, descobri que estava censurando o que nao havia censura. O sensual censurava prazeres inibidos. No final de quase qualquer droga jogada fora, descobri que censurava o que era incensuravel, o que quase transormou-se em insensiveis toques, mesmo que dos mais perigosos pecados. Censurei a verdade. Descobri por fim- nao tirando meu corpo do inicio de tudo mas, de movimento lento a acelerado, colocando-o de volta dando voltas- , que tal censura era o valor que eu dei a mim, nao pelo que sou aqui, mas pelo que realmente ou imaginavelmente sou agora. Puro extase. Descobri que sou pura censura, sou pura mentira.

Nenhum comentário: