terça-feira, 1 de setembro de 2009

Ensurdecendo

Tic Tac Tic Tac.
Tic Tac Tic Tac.
Ték Ték Ték.
Toc Toc Toc.
SSSSSSSSSS.
Vruuuuuuu...
Crek.
'OLHA A PAMONHA'
Tunúim!
Tléc.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

.

"A paz é igual a uma grande roda humana, enquanto todos estiverem de mãos dadas, as armas estarão no chão. "

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

De volta a mim

Imagens distorcidas. Teus dentes trincando a raiva, forcando um sorriso. Teu corpo tremendo de dor, arrastando-se nos espinhos de rosas que avermelhavam mais com o escorregar da tua pele. Rasgando voce, regando-as com o seu sangue entorpecente.
É breve. Não apenas isso. Não tão breve... Não diria nem que é, se nao fosse. Mas longe de ser ainda há quem diga que não foi, não é, não será nunca. Forte, nunca... muito tempo, eu acho. Minhas rugas já teriam forcado um sorriso grato cheio de ingratidão. Minha memória já estaria falha, de tanto que eu usei do pecado das rosas...
Por que falo tanto das malditas rosas?
Debaixo das unhas sujas de terra, desejo tua pele que, mesmo depois de dias, ainda está alí, intocada. Queria poder arrancar teus olhos pra que você nao se desse o prazer de ver o montro que criou. Meus olhos cansados choram aquelas lagrimas que costumavam rolar pelo seu lençol quando a lua cegava o verde. Luto contra você, mas você sou eu. Te mataria se pudesse, mas não estaria mais aqui pra contar vitórias. Não poderia comemorar com doses e doses de ilusão.
Eu nao quero ser de mim mesma. Quero me dividir em você. Isso é impossivel. Eu me amo demais, eu te amo demais.
Meu ego é tua tortura, minha vaidade é tua loucura. Estranho seria achar normal o fato de mastigar a mim mesma por puro prazer de te ver sofrer.
Nao olhe pra trás meu amor, o espelho pode te revelar o que você temia descobrir.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Touch me and be on fire

Escorregue suas maos devagar pelas minhas pernas.
Me toque, sinta-se queimando.
Escorregue sua lingua pela minha cintura, devagar
E sinta-se queimando.
Seja agressivo, me agarre por todos os lados,
Me aperte forte.
Passeie pelos meus seios, arranhe minhas costas,
Sinta-se pegando fogo.
Passeie pelo labirinto do meu corpo.
Me descubra pouco a pouco.
Entrelace tuas pernas nas minhas,
Derreta-se em mim, eu me derreto em voce.
Me mastigue devagar, com vontade.
Sinta cada sabor,
Sinta com a palma da sua mao
O labirinto do seu desejo.
Sinta com a ponta dos dedos
Cada suor do calor que nos cola corpo com corpo.
Nao ignore os gritos,
Sinta os arrepios e sussurros.
Seja o mais delicado e o mais agressivo,
Possua-me de corpo e alma.
Balance seu corpo, me agarrando por quqalquer canto,
de um lado pro outro,
de cima pra baixo.
Balance teu corpo e leve o meu junto,
Toque em mim e sinta-se em fogo.
Quando tocar na minha pele
E sentir que o fogo está penetrando,
nao pare, estamos quase chegando.
Os tremores, ah..

terça-feira, 21 de julho de 2009

Limite imortal

Voce cavou seu buraco.
Eles estao chegando perto de voce, nao tem mais tempo a perder.
Cave seu buraco bem mais fundo e olhe pra baixo, deixe tua cabeca pesada guiar seu fim. Ou então, mastigue o mundo antes que ele mastigue voce.
Fure seus olhos, estoure teus timpanos com o grito da tua propria dor.
Humilhe-se e desrespeite a você mesmo. Abaixe sua cabeça já que acima de você agora não há nada.
O que é que você fez com você mesmo? O mundo pesa nas costas de quem não sabe viver e escorre nas maos de quem nao se da valor.
Você só passou pela vida, tropeçando não só em bares ruas e escadas, como também em frases sujas alucinadas e vazias, cheias de ódio, medo e dor.
Teu respeito apodreceu, tua mente adoeceu e a tua loucura, entre uma e outra dose, se perdeu.
Não tem mais você no chuveiro, não tem mais teu cheiro na casa. Não tem mais em mim desespero, não tem mais no espelho teus traços. Não tem mais você nem aqui nem ali, não tem mais sofrer, não tem mais você.
Agora aqueles olhos grandes e o nariz vermelho, são devorados pelo mais doce fim que você construiu, tomando de pouco em pouco o teu próprio veneno.
Pele gelada e anestesiado pelo teu pecado cheio de prazer, consumido por aquilo que, ate ali, era voce quem consumia, você provou a si mesmo que de nada valia aquilo que te movimentava: o poder de ser imortal.
Declaro enfim o mais forte ódio pelo amor mais puro que eu ja senti. Declaro por fim, teu fim.

domingo, 19 de julho de 2009

CENSURADOS

Censurava basicas mentiras que me eram inspiradoras e pareciam tentadoras. Censurava a mim mesma por expressar minhas verdades. Intimamente censurava ao corpo, que queimando e ardendo estendia-se sobre qualquer plano que chamassem de vida real. Censurava cada proibicao e mesmo assim a censura nao censurava a propria. No final de tudo, tudo um pouco, descobri que estava censurando o que nao havia censura. O sensual censurava prazeres inibidos. No final de quase qualquer droga jogada fora, descobri que censurava o que era incensuravel, o que quase transormou-se em insensiveis toques, mesmo que dos mais perigosos pecados. Censurei a verdade. Descobri por fim- nao tirando meu corpo do inicio de tudo mas, de movimento lento a acelerado, colocando-o de volta dando voltas- , que tal censura era o valor que eu dei a mim, nao pelo que sou aqui, mas pelo que realmente ou imaginavelmente sou agora. Puro extase. Descobri que sou pura censura, sou pura mentira.

sábado, 11 de julho de 2009

Medo não é medo se é medo que sente.

Quem nunca teve medo? Voce nao vale nada. Nao vale nada por que não dá valor a si próprio. Você já teve medo de escuro?Nunca é tarde... Quanto mais fundo o buraco, mais difícil é de subir e mais difícil é de enxergar.
No escuro, nada se vê, tudo se cria. Os sentidos ficam aguçados e você alimenta seu pecado. Nao acredite na verdade, a mentira sempre parece ser mais prazerosa. Já avisei pra não deixar os poetas mentirem pra você. Nao tenho nada a temer, não tenho nada a perder.
Graças a um D's, eu já perdi você.
Fale baixinho, por que o eco soa por entre essas quatro paredes. Melhor que isso, não fale nada... Deixe o silêncio te comer vivo, de dentro pra fora sem deixar vestígios.
Isso é tão desconfortável, não me ensinaram a fingir. Se um dia eu for derrotado vou saber como agir. Ou não...
Não se renda a encantos baratos. Se tiver pesadelos a noite, saiba que é por que você mesmo fez da sua luz, escuridão. E não, no final eu não vou estar aqui pra pegar tua mão.