quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Eco das almas

Bem longe daqui, onde a areia era agua, os passaros rastejavam, os peixes voavam e o fogo congelava, haviam almas. Almas de pessoas que um dia ja viveram, almas daqueles que um dia ja sofreram e deixaram nesse lugar o grito eterno dos pedidos de socorro, doa berros de desespero.
Esse tal lugar, chamado de 'beco do eco das almas perdidas' e simplesmente aterrorizante! Ao ponto de enlouquecer seus ouvidos e tomar conta de voce.
Se quer saber o por que desse nome, nao e dificil raciocinar. La viviam vidas mortas, pessoas que viviam mas se autodestruiram. Era um lugar onde nada era real, logo, nada existia. Nao havia som, pois ele nao se propaga no vacuo. Nao havia luz, pelo mesmo motivo. consequentemente nao havia imagens. Nao se via, nao se ouvia, nao se vivia. Simplesmente voce enlouquecia! Quando finalmente viram que nao havia mais jeito e que a solidao estava matando ate os defeitos, todos fizeram um pacto de morte alheia, ou seja, um matava o outro e assim, sucessivamente, ate restar apenas um que se suicidaria. O por que? Eles acreditavam que seria muito melhor do que viver sozinho entre aqueles homens cheios de solidao. Dito e feito. Hoje, indo a esse lugar onde a luz cega, o gelo queima e o silencio ensurdece, podemos ouvir o eco daqueles que um dia gritaram por socorro... Daqueles que um dia perderam sua voz naquele 'nada'. Um caos sonoro muito forte. E como gritos de 6 milhoes de pessoas juntas, um silencio nao-mudo. Podemos ouvir a orquestra ensurdecedora, como 'A fuga' de Beethoven, acabando com os timpanos de nos, que ingenuamente, agora, conseguimos ouvi-los. Tarde demais, eu diria...
Esse lugar hoje tem alguns codinomes, como 'conciencia propria' ou 'mundo', para ser mais exata, 'universo' (interior ou exterior).

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